
E o que eu faço com essa secura?
Essa gastura tão dura
Tão rara e nem tão madura.
E o que eu faço com esse estar só?
Essa presença tão crua
De um espirito flanante
Chamado solidão
E o que eu faço com essa lágrima que escorre?
Tão invonluntária e relutante
Pelas maçãs do meu rosto
E o que eu faço com essa presença?
De uma ausência pulsante,
Líquida e delirante
Capaz de engulir-me
Num só instante
E o que eu faço com o vazio?
Preencho-o com as memórias
Dos beijos, outrora selados
Ou então com o tesão
Por dias, acumulado.
Na última noite,
De corpos laçados,
Colados e extasiados
Uma dor intensa me consumia
A dor da incerteza dilacerava
Mas que certeza,
posso eu querer sentir
Se é na incerteza
Que reside minha paixão
De ti, eu quero apenas
O sentir, o gozar
De ti, nada além disso
Me cabe esperar
Mas meu amor,
Não se zangue,
Nem se desespere
Porque até a mais bela flor
Um dia esgota-se
E dela nada mais se tem
A não ser a memória.
E eu te queria,
Nem que fosse por todos os dias...
Carolina Canon
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