quinta-feira, 22 de abril de 2010

Não sei porque insisto em dizer...você nunca ouve...



E eu te queria,
Nem que fosse por todos os dias...
E saía pela rua,
A te perguntar
nas esquinas e alamedas
nas praças e até portões

Mas foi nos porões
Que encontrei...
Não a ti, meu imenso desejo
Mas a mim mesma
E com tamanho desprezo
Me abandonei

Eu buscava a ti,
Sem perceber
Que era a mim mesma
Que queria encontar

Uma vida confusa,
Essa líquida atrevida
Uma busca obtusa
Essa minha interdita.

E mesmo assim
Não queria,
Esse encontro...
Porque o tênue ponto
Sabe de seu monstro

Carolina Canon

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